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Salvador tem um museu exclusivo da Cultura Afro-brasileira

Publicado em: 09/12/2024
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

Maior cidade no mundo fora do continente africano com maior contingente de negros, um dos principais entrepostos de tráfico de escravos nos séculos XVII e XVIII, e com a maior população negra dentre as capitais brasileiras, Salvador guarda na sua história, cultura, gastronomia, etnia e religiosidade, as heranças deixadas pelos antigos escravos africanos, que aqui se misturaram a brancos e índios, gerando um povo único em todo o Brasil.

E essa herança é marcante nos dias atuais no cotidiano da cidade, quer nas suas manifestações culturais, quer no sincretismo religioso e artístico, tornando a capital baiana um dos lugares de maior influência da cultura africana,e, conseqüentemente, de uma das culturas mais ricas do mundo contemporâneo.

Como forma de manter isso vivo e acessível a todos os povos, o MUNCAB – Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, é um espaço que dá ênfase na valorização dos aspectos da cultura de matriz africana, destacando a sua influência sobre a cultura brasileira. O museu é o resultado de uma histórica reivindicação afrodescendente, e da contribuição de estudiosos da cultura brasileira para a divulgação do legado popular e erudito que os antigos escravos africanos trouxeram ao Brasil.

Nesse espaço, que fica no próprio Centro Histórico, o visitante tem contato com trabalhos que falam da identidade negra; da África como o continente de onde se originou toda a humanidade; da questão do tráfico de pessoas que foram escravizadas; da resistência negra, dos quilombos e revoltas. Também aprende sobre as contribuições na culinária, religiosidade e festas populares, assim como nos esporte e na música, que é uma exuberância de matrizes com o samba, semba, maracatu e outros.

Atração – Logo na entrada, o gradil merece destaque. Inaugurado em 2014, o “Gradil Histórias de Ogum” foi criado pelo Artista Plástico J. Cunha e fabricado por Jorge Lima Artefatos de Metal. A peça representa um marco histórico para a cultura afro-brasileira, um monumento que representa a história do seu povo. A obra retrata os principais momentos e contribuições dos escravos africanos e seus descendentes libertos na construção da civilização brasileira – a diversidade cultural mais rica do planeta.

O papel do Museu, além de reunir documentação histórico-cultural afro-brasileira, é promover ações e iniciativas intercambiais com os países e culturas africanas, sobretudo aqueles de onde vieram os maiores contingentes de negros escravos, como Angola, Moçambique e Guiné. São promovidos, também, diversas exposições, oficinas e outros eventos educativos. O espaço é carinhosamente apelidado de ‘museu em processo’, já que cultura é um processo contínuo. Sua própria existência é sinônimo de resistência, memória e constante criação enquanto em contato com uma das culturas mais antigas e ricas do universo que é a cultura dos povos africanos

Serviço

Muncab – Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira
Endereço: Rua do Tesouro, 61 -127, Centro, Salvador
Telefone: (71) 3022-6722

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